Obras no Porto de Suape são alvo de operação fiscal

A Auditoria Fiscal do Trabalho em Pernambuco intensificou, durante as duas primeiras semanas de março, as ações de fiscalização no Complexo Industrial Portuário de Suape (PE), cujas obras caminham em ritmo acelerado e envolvem um grande número de trabalhadores. O Complexo Portuário está sendo alvo de monitoramento por parte da Auditoria Fiscal do Trabalho em razão de já terem sido registrados acidentes graves e fatais e onde foram constatadas terceirização e até quarteirização das atividades. 
A ação contou com a participação de cinco equipes, num total de quinze AFTs especializados em segurança e legislação, que fiscalizaram 18 consórcios na obra da Refinaria Abreu e Lima e suas terceirizadas. Batizada de Semana Suape, a operação inspecionou o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) e os canteiros da Petroquímica Suape e da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), que possuem cerca de 15 mil trabalhadores. Essa foi a primeira de uma série de ações que serão promovidas para acompanhar as condições de segurança e saúde nas obras.

Nas duas semanas de fiscalização, os Auditores embargaram as obras onde foram verificadas situações de risco grave e iminente. Foram registrados, ainda, casos de excesso de jornada, ocorrências de acidentes, falta de registro em carteira de trabalho, atrasos nos pagamentos e superlotação de alojamentos. Na segunda semana, a ação foi acompanhada por procuradores do Ministério Público do Trabalho - MPT.
 
Durante o mês de março ocorreram vários conflitos entre os trabalhadores e as empresas, cerca de 34 mil trabalhadores paralisaram suas atividades e durante as manifestações alguns alojamentos foram destruídos, resultando na demissão de trabalhadores.
 
Segundo  a chefe do setor de Segurança da SRTE/PE, AFT Simone Holmes, as ações de fiscalização irão continuar e as obras embargadas serão liberadas somente após ser corrigida a falta de segurança.
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Consórcio Suape Rodovias vence licitação de rodovia do porto de Suape

O Globo e o Brasil Econômico informam que o Consórcio Suape Rodovias, formado pela Invepar e pela Odebrecht, venceu a licitação do governo de Pernambuco para explorar a concessão o Complexo Viário e Logístico de Suape. O contrato prevê a construção e ampliação de vias de acesso ao Porto de Suape. O consórcio apresentou a menor proposta de pedágio para o complexo, de R$ 4,358 na tarifa básica. A concessão terá duração de 35 anos, prorrogável por igual período. 
Fonte: Assessoria de Comunicação da ABCR

Fonte: ABCR
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Locar acelera plano para crescer no setor marítimo

Depois de consolidar uma empresa que nasceu do zero como uma das maiores da América Latina no segmento de locação de máquinas e movimentação de carga pesada, o empresário Julio Eduardo Simões, dono da Locar, começa a acelerar o plano de se tornar também um grande operador no setor de navegação. Ele já opera balsas e barcos, tem uma base de apoio na Ilha do Governador (RJ) e até 2015, dos R$ 750 milhões que planeja investir, vai destinar R$ 250 milhões para ampliação do número de embarcações e na montagem de novas bases. O objetivo é oferecer desde o transporte de carga pesada até serviços de apoio aos setores de petróleo, petroquímica, mineração e siderurgia, entre outros.

A área de navegação é fundamental para a empresa atingir o faturamento de R$ 1 bilhão projetado para 2015. Este ano a Locar deve chegar aos R$ 550 milhões, alta de 58% sobre os R$ 348 milhões de 2010. Os guindastes ainda representam a maior parte da receita, perto de 60%. Enquanto a área marítima fica com apenas 7%. Transportes especiais (15%) e gruas, plataformas e manipuladores (5%) completam o faturamento. A previsão para 2015 é que o marítimo responda por 15%, contra 55% dos guindastes.

A empresa já tem 14 embarcações que fazem movimentação de carga e atuam em trabalhos especiais, como a salvatagem em Vitória (ES) para a Vale - dois descarregadores da mineradora sofreram um acidente no porto capixaba e naufragaram no fim do ano. O plano é chegar a 21 unidades até o fim de 2012 e atingir 35 em 2015. Do total, R$ 60 milhões serão gastos na compra de seis embarcações do tipo Line Handlers, em construção no estaleiro SRD, em Angra dos Reis (RJ), exclusivamente para a Petrobras. A Locar já atende a estatal, mas fechou outro contrato de oito anos para as novas embarcações, prorrogável por mais oito. Os barcos servirão de apoio às plataformas que a estatal tem no alto mar.

Mas o grande xodó de Simões no momento é um barco lançador de tubos, chamado de Locar Pipe, que está sendo construído no estaleiro Rio Maguari e entra em operação no fim de 2012. Ao custo de R$ 55 milhões e participação do BNDES, o barco será usado para lançar dutos em águas rasas até 100 metros, mas também pode servir como um hotel flutuante. A embarcação terá capacidade para acomodar até 150 pessoas e contará com heliporto, refeitório, ambulatório e até sala de ginástica.

Seis novas embarcações serão entregues até o fim de 2012 para atender contrato de oito anos com a Petrobras 

Quanto as novas bases de apoio, não existe definição sobre os possíveis locais. A base da Ilha do Governador já recebeu R$ 25 milhões, de um total de investimento de R$ 50 milhões. Por enquanto é usada apenas para os navios da própria Locar, mas a intenção é abrir para embarcações de terceiros.

Simões conta que o modal marítimo complementa o serviço que já oferecia no transporte de cargas pesadas por rodovias. "Agora temos condições de pegar um peça para a refinaria de Suape em Pindamonhangaba (SP), descer de caminhão até o litoral, colocar em um dos nosso barcos e levar até o canteiro da obra. E se o cliente precisar, ainda podemos oferecer serviços de engenharia e entregar a peça montada."

A Locar nasceu em 1988, depois que Simões deixou os negócios da família com planos de trabalhar com grãos em Mato Grosso. Enquanto planejava seus novos negócios, foi convidado por um amigo para "administrar" alguns equipamentos em uma obra e não conseguiu mais sair do setor. Logo foi sondado para assumir outros trabalhos, desistiu de ir para Mato Grosso e começou a comprar suas primeiras máquinas, todas usadas.

"Não havia financiamento fácil naquela época, mas tinha a vantagem de conhecer as pessoas. Comprei equipamento de empresas que queriam deixar o setor. Muitos herdeiros não queriam seguir o negócio do pai e vendiam as máquinas", conta Simões. Nos anos 90 comprou as primeiras máquinas novas e experimentou as importações. Na década seguinte o financiamento ficou bem mais acessível e a dificuldade, admite o empresário, foi acompanhar o crescimento da economia e da própria empresa, hoje com 1,6 mil empregados, 1,3 mil equipamentos e filiais na Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Pernambuco.

"Quando me dei conta, tinha 12 diretores respondendo diretamente para mim. Precisava fazer alguma coisa." Simões então criou uma superintendência, montou um conselho de administração (com participação de conselheiros externos), passou a ter os balanços auditados e começou a se afastar do dia a dia da companhia. Mas nem por isso admite vender a empresa. Abrir o capital? Isso é algo para o futuro. "Nosso setor é de capital intensivo e não podemos descartar qualquer tipo de financiamento", afirma, deixando um porta aberta aos interessados.
Fonte: Valor Econômico/Carlos Prieto | De São Paulo
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Petrobras pode comprar usina

Com o objetivo de sanar os problemas enfrentados pela Usina Catende, o governador Eduardo Campos sugeriu ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a compra da unidade agroindustrial pela Petrobras Biocombustível. A iniciativa foi tomada, ontem, depois da reunião entre representantes dos trabalhadores da massa falida e dos governos Estadual e Federal.

De acordo com o governador, “a Petrobras está fazendo em Pernambuco um investimento de R$ 20 bilhões numa refinaria de diesel e o diesel só pode ir para o tanque do automóvel com 5% de álcool. Por que não utilizar a unidade de Catende para manter economicamente mais de oito municípios na Mata Sul? Seria uma bela ação estruturante”, explicou o governador, citando a Refinaria Abreu e Lima, em Suape.

A proposta será apresentada à estatal e à presidente Dilma Rousseff ainda esta semana. “Na próxima quarta-feira (4), teremos uma reunião em Brasília e esperamos que, neste dia, já tenhamos o anúncio dos encaminhamentos formalizados. É importante, agora, a parte humana e, com isso, garantir que as pessoas que trabalham na Catende mantenham seus empregos e que as famílias não percam suas rendas”, enfatizou Carvalho.

No dia 4, o governador vai à Brasília participar de uma nova reunião com Gilberto Carvalho. De acordo com a assessoria de Imprensa do Governo do Estado, a Catende - avaliada em até R$ 80 milhões - acumulou dívidas desde a sua falência, em 1995, que hoje superam a casa do R$ 1,5 bilhão. Caso a venda seja concretizada, os recursos arrecadados serão destinados, prioritariamente, ao pagamento das dívidas junto aos cerca de cinco mil trabalhadores-credores. A gestão da nova empresa deverá ser compartilhada entre a estatal federal e a Cooperativa Harmonia, representante dos trabalhadores.

“A iniciativa é de extrema importância para manter os empregos naquela região, tornando a empresa cada vez mais eficiente e competitiva com uma gestão integrada entre o campo e a indústria, que atuam buscando resultados operacionais positivos”, declarou o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha.

De acordo com o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Alexandre Andrade, cerca de 1,5 mil trabalhadores serão beneficiados diretamente com a medida governamental. “De imediato, todos os funcionários da usina receberão uma cesta básica e serão cadastrados no Programa Chapéu de Palha”, contou.

Fonte: Folha de Pernambuco(PE)/Jamille Coelho*/Com informações da assessoria de Imprensa do Governo do Estado
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